31 de julho de 2009
Filosofia interna
Sigo tentando me achar! Porque ao que parece, a vida é mesmo uma busca contínua por nós mesmos!
Amne
29 de julho de 2009
Meus retalhos coloridos
Um dia acordei fazendo mais uma colagem pra minha colcha de retalhos.Achei meio esquisito não encontrar mais os retalhos, revirei a casa toda na esperança de me achar.
Armários, criado mudo , gavetas...acabei por fazer a maior bagunça.Pensando fiquei, quais eram as cores dos retalhos que perdi, por onde andavam?
Sem respostas sentei ali com papéis e recordações nas mãos, rindo e chorando da métrica da vida, ou a falta desta.Achei um desenho sem chão, achei meio poema falido e achei até uma presilha de madeira , destas que nem se fazem mais.Achei muitas caixinhas que passei anos armazenando passado.Mas conforme significados apareciam, ainda me doía a falta dos meus retalhos.
Desisti da bagunça sem explicação, e entendi o porque de tantos papéis...lembrei do Carpinejar que diz “Meu maior medo é escrever para não pensar”.Pena que a gente só se dá conta pensando...o pensamento em geral gera alguma cicatriz engasgativa, mas necessária muitas vezes. E no final existe anestésico,analgésico...qualquer merda que freie todo os resto.No fim daquele dia eu estava com uma feridona descascada, doendo...e sem meus retalhos.Mas , com um punhado de caixinhas e pensamentos claros.Dizem que muitas vezes acontecem coisas ruins, para que possamos enxergar as boas, a minha inconformidade com o “causo”, estava justamente aí: o por que de em algo bom, eu tinha enxergado tanta coisa...
Onde estavam os retalhos do período?Como morrer sem ir pra debaixo da terra?Lá teriam os vermes, morrer vivo é praticamente morrer só.Percebi enfim Gabriel Garcia Marquez dizendo que “a vida é uma sucessão contínua de oportunidades”.
Fiquei pensando na minha.Imaginando quem eu seria com outra história de vida.Com outra vida...se tivessem me ensinado algo, o principal que eu gostaria de ter aprendido era como aproveitar as oportunidades da melhor forma possível.Queria que alguém tivesse me ensinado à ser mais sábia, e menos ingênua.Queria ter percorrido a vida com um ganho maior de sabedoria, para hoje ser uma versão melhorada de mim.
Tenho feito, em minha busca pelos retalhos perdidos, uma escalada térrea dentro do meu corpo,e em minha memória.Tenho jogado tanta coisa inútil fora. É estranho pensar que já possuíram valia!
É esquisito pensar em nossa capacidade de se transformar, adaptar e absorver.Mas, o que mais me assusta é nossa capacidade de sentir.
Pensei nos retalhos hoje, como pessoas que passaram por mim...suas cores e tons.Suas vozes, sorrisos, lágrimas...pensei ...
Temos uma capacidade meio mórbida também de aniquilar com lembranças,mas estes retalhos nunca se desprendem de nós!Lembrei de outro texto do Carpinejar que fala assim “Uma relação nem sempre termina porque não é feliz.Às vezes termina para preservar a felicidade da memória”.
Observando o mundo e os meus armários hoje, eu vi que o lance é saber separar os retalhos por sua escala de cores, os que sobram podem virar divertidas mantas que nos aquecem no frio.
Acho que é isso...
Amne
Obra: Peter Blake
28 de julho de 2009
Doença
Grama
27 de julho de 2009
BURRICE!
Vida louca vida!
Vassouras Bailarinas
Esta semana esbarrei no passado.
Reencontrei um amigo de infância, aquele tipo que temos quando iniciamos os questionamentos ...quando nos percebemos indivíduos.Foi bacana, porque me fez me ver de outra forma, lembrei de uma delicadeza que eu nem lembrava mais possuir, nós dois já éramos sonhadores e revolucionários aos nove anos e nem mesmo sabíamos!Eis agora a confirmação, após de mais de uma década sem nos falarmos começamos por citar “Schopenhauer” e seus devaneios metafísicos sobre o amor e o mundo.
O engraçado de lembrar de quem éramos, é perceber que evoluímos tão pouco.Quantas páginas serão lidas?Quantos amores vividos?Quantos mundos serão desfeitos?
Será que algum dia evoluiremos ao ponto de não conhecer mais nosso passado?
Donos do mundo éramos e nem sabíamos, donos dos sonhos e da inconstância da transformação que a vida impõe. Éramos eu e ele , revolucionários da “quarta série B”, quando preferíamos divagar sobre o céu à jogar bola na grama alta do pátio do colégio do interior.
Sempre ficava pro dia seguinte o gosto bom da infância, e da pureza da companhia pras palavras.
A grama e o céu, testemunhavam descobertas e fascínios, tristezas e solidões, Maria mole e doce de leite no canudo.Mas, ali falávamos de planos pra humanidade... medos, pra toda a certeza do mundo.
Algumas vezes também quando as estrelas vinham, dançávamos encantados com vassouras (tímidas) ao som de borboletas noturnas. Fitas cassete eram mágicas, como os olhos das crianças e suas vassouras bailarinas.
No papo com o “garoto” que conheci vinte anos pra traz, me vi viva numa moldura de pano.
É inacreditável como a essência que a gente teima em perder, permanece...que bom.
Hoje, parei de dançar com vassouras! Hoje, fabrico nuvens no céu!
Amne
Obra.Vik Muniz
25 de julho de 2009
Espaço
24 de julho de 2009
Perpetuar
Os dias
Como projeto de vida,pretendo um pacto com a felicidade.
Em tardes com luas aconchegantes.
Tenho aspirações com o som, e alguns tons alheios.
Demasiados vãos!
Tenho querência de amigos e brincadeiras matinais.
Alguma menção ao futuro,
toques sutis em minha nuca.
Cheia de rigidez.Minha e dela!
Livros espalhados dentro do meu ser.
Cicatrizes belas para mãos pequenas.
Alguma formação de valores
e despreendimentos com fórmulas.
O que busco de fato,é nunca esquecer do passado
sendo regada por raízes fortes, tênues e difíceis e frias e poucas
de que me lembro realmente...
Pra nunca esquecer quem sou
Pra nunca duvidar da minha alma
Pra nunca mais morrer assim,
antes de acabar-me por inteira,
até o último suspiro.
Porque a morte aos pedaços, tem nela a maior dor do mundo...
morte aos poucos só pra fortes!
Dos projetos, só e sempre os maiores.
Das dores, do riso e do pranto
pequenos pedaços alucinógenos...Pequenas parcelas de culpa!
Amne
Vou falar bem baixinho
"Um abraço terno
sem dor, sem nada.
Puro.
Tal como um floco de neve,
a maior demonstração de carinho
acima de qualquer afeição rubra,quente, instintiva...
Virgem como os santos imaculados do altar.
A própria dor em carne viva.
Sem lembranças boas ou más.
Sem julgamentos, sem pagamentos.
Um abraço!
Doce... silencioso, terno e casto.
Um abraço,
sem fim..."
Amne
Às favas
23 de julho de 2009
Pele
Enquanto grito o mais alto que posso
brinca em tua chuvinha morna
falaram que covardia se encontra em heróis...
Como ousa me atirar no abismo?
Porque enquanto finge
derreto na fogueira de lama.
Eis o novo velho homem!
Tuas dívidas com o passado nada me dizem respeito
apenas guiei teus olhos ao infinito
e é disto que vem minha culpa
e é nisto que mora todo o teu medo!
Amne
Obra:Klimt
22 de julho de 2009
Determinação
De mudança
21 de julho de 2009
Plantando mato
"Se em meu peito coubesse tudo que sinto
Seria eu feita de transparências
Eu não morreria todos os dias
nas planícies dos meus sonhos
Se em meus olhos fossem transmitidas todas minhas dores
As lágrimas seriam sangue,
e no toque amor seria palpável
Se minha vida fosse contada, caberia facilmente em um poema
meus versos seriam sonhos e carinhos destinados ao vento
Seria possível escutar os murmúrios deste amor que chora
entre convulsões e sombras mal acabadas, e alguns toques no papel."
Amne
20 de julho de 2009
18 de julho de 2009
16 de julho de 2009
Outro dia fabriquei uma Gravura
Terminei antes, ele ali entretido com um pedaço de doce de leite de corte que eu trouxe, dei um gole no suco ...a gente se olhou, é como se nossos olhos transmitissem palavras, ele soltou um “Aiiii mãe” sorrindo.
Continuei ali meio perplexa com a natureza, os dedinhos ainda lisinhos (bons de carinhar),vendo que todo dia ele nasce um novo ser.
As vezes sinto medo, mas descobri que ele está se tornando uma agradável gravura.
Ainda não sabe relaxar quando analisado, também pudera ainda é meio anjo, meio gente.
Parece que sente demais, aí finge que sente de menos.
“Ai filho, morri de saudade de você nos últimos dias."
Mãeeeee (abraçando minha face), não precisava era só levar um desenho meu.”
Ele sabe o que falar, e até como sentir as “amenitudes” que eu tenho esquecido.
Ali na mesa após o almoço,ele questionava se jornal era real ou fantasia, recolhi os pratos com o riso parado num canto do meu dia.
“É real filho”... “Nossa mamãe, então tudo é de verdade?”
Ele tá crescendo, e eu não!
Eu ando maravilhada porque é um pedaço meu, que nem meu mais é, ali concentrado em descobrir vida.
O “aiiii mãe” de hoje, é algo que denota meu olhar fixo nele , enquanto se transforma.
Eu não quero perder nem um segundo, se eu conseguisse passaria as noites fotografando seu sono.
Ali no silêncio do doce e do suco, o que eu não contei pra ele, é que eu naquele exato momento o sentia em meu ventre...por isso, chorei uma única lágrima enquanto sorria pros pratos na pia!
Amne
Obra:
Pierre Auguste Renoir
15 de julho de 2009
Sons e Segredos sob a pele
Melhor forma não há
Num toque, suavidade
Um olhar, sempre desprotegido
Carinhos,levados no bolso
Colecionando sons e segredos vou...
Mostro-me inteira, pra me arrepender depois
Da santidade da mãe à leveza das fadas
Fabrico desenhos nas paredes
Cultivo rendas sob a pele, anoitecendo sutilmente
Danço no silêncio
Melhor forma não há
de contar quem sou.
Amne
14 de julho de 2009
Era tão óbvio!
Só, somente só...só somente só.
12 de julho de 2009
11 de julho de 2009
Pra passar
"Triste é quando as lágrimas deixam de confortar-me, aquecendo a memória daquilo que ainda não passou.Pintando medos, escondendo as flores por timidez, ou talvez vergonha em ser formada por pouco, e estas coisas tão pequenas.Sabores tão crus,e esta alma tão nua que me pertence. Um par de olhos brilhantes, e também um caderno qualquer.
Sendo a novidade em histórias velhas, inundando os dias alheios.Lábios úmidos de silêncios, onde nem me cabem mais meus próprios segredos.Então, sigo de olhos fechados, até tudo passar!"
Amne
10 de julho de 2009
Um "Romance sobre o nada"
Hoje, vi o Abujamra dizer: “Quero escrever um romance sobre o nada”, queria contar pra ele que já vivi esta história, e quanto mais eu vivia o nada, mais cheia eu fiquei de tristezas.
Tomara que agora, quando ele pegar um papel, colocar os óculos e se vestir de sarcasmo, escreva um romance sobre o tudo. Farei questão de vive-lo também.
Amne
Sobre doçuras
8 de julho de 2009
(voltando ao normal ou saindo dele???)
Acredito
7 de julho de 2009
Foi aqui nesta cidade
Eu já vivi nesta cidade, que conservava as rendas nas janelas dos casarões.
Já inclusive me vesti de saudade.
Já descuidei de minha beleza, e até mesmo ofereci parte de minha infância, como pagamento pra um mal comprador.
Certa vez até mesmo, contei as pequenitudes dos meus dias sem nenhum pudor, coisas tolas como perseguir borboletas na escassez de gente.
O que eu não sabia era que saudade doía, ao ponto de criar ferida até nos dedos.
Eu não sabia de tanta coisa, então resolvi que colecionaria pessoas pra abrandar minha dor.Não deu jeito na dor, embora minhas rendas acanhadas dançassem no vento espreguiçando pro dia, e guardando pra noite tanto amor...
Mas como o mal comprador nunca vinha, recolhi eu mesma as rendas das janelas, pedindo desculpas guardei minha alma também, sorrindo meio desajeitada.
Acreditando nas cicatrizes do tempo................
Amne
Foto: Thatiana P.Dias, "cidade de Atibaia enfeitada para uma festa religiosa".
6 de julho de 2009
Desejos
Desejo a você
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua Cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não Ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu.
Carlos Drummond de Andrade
3 de julho de 2009
Ele sempre vale a pena!
Hoje perguntei pro cara mais legal que eu conheço:
Filho fala uma coisa pra mim , Você é feliz?
Antonio:Muito.
...sorri: E o que te deixa feliz amor?
Ele entre um naco e outro do pão, com esta naturalidade tão dele, tão infantil:
Muitas coisas mamãe, eu gosto dos meus brinquedos, dos meus amigos e eu ganhei uma mãe tão bonita, que faz as coisas pra mim...
Me emocionei hoje, no dia em que ele nasceu há 6 anos atrás, as exatas 16:10 de uma quinta -feira de sol.
Lembro da ansiedade em vê-lo, o peso da barriga...o tic tac do relógio da cozinha que não parava.
Lembro da minha primeira frase pra ele, ainda no centro cirúrgico:
Seja bem vindo meu filho, seja muito feliz meu amor!
Lembro do cheirinho dele, e da pele branquinha e rosada, um pé de dois centímetros (medidos), e lembro de descobrir naquele exato momento minha missão no mundo: Amá-lo!
Parabéns Antonio!!!
2 de julho de 2009
Reinvenção, todo dia é dia!!!
Vou abrir o desabafo com o que o Carpinejar disse:
"Deixo as esculturas mancas na sala. Não me importo como as visitas vão reagir ou se passarão a me observar com desconfiança. Os defeitos permanecem expostos. A vida é para ser usada."
...enfim entendi suas sábias palavras, a gente perde tempo (como eu tenho feito) na tentativa da perfeição, o negócio deve ser mesmo colar os cacos e tocar pra frente,sem maquiá-los, deixando-os à mostra pra não surpreender ninguém pelo caminho.
Não nos acanhamos ao errar, e mesmo assim nos permitimos coisas pequenas demais como perder um dia com lágrimas...
Pena, eu não ter percebido isto antes, pena meu creme pra rugas ter acabado!
Vou começar usar à vida, como fiz com o creme...será que isso me previnirá rugas?Parece que sim, espero que sim!
Andei inclusive querendo jogar meus cacos fora, imagina? Cacos também são parte do que sou.
Quer saber?Vou me reinventar mais uma vez, pra não perder o costume, afinal posso ser o que quiser, desde que eu seja FELIZ!
Amne
"Deixo as esculturas mancas na sala. Não me importo como as visitas vão reagir ou se passarão a me observar com desconfiança. Os defeitos permanecem expostos. A vida é para ser usada."
...enfim entendi suas sábias palavras, a gente perde tempo (como eu tenho feito) na tentativa da perfeição, o negócio deve ser mesmo colar os cacos e tocar pra frente,sem maquiá-los, deixando-os à mostra pra não surpreender ninguém pelo caminho.
Não nos acanhamos ao errar, e mesmo assim nos permitimos coisas pequenas demais como perder um dia com lágrimas...
Pena, eu não ter percebido isto antes, pena meu creme pra rugas ter acabado!
Vou começar usar à vida, como fiz com o creme...será que isso me previnirá rugas?Parece que sim, espero que sim!
Andei inclusive querendo jogar meus cacos fora, imagina? Cacos também são parte do que sou.
Quer saber?Vou me reinventar mais uma vez, pra não perder o costume, afinal posso ser o que quiser, desde que eu seja FELIZ!
Amne
Oração
Minha pele doce e clara
mais uma vez se armou com ferro frio
faltou-me proteção novamente!
Eis a normalidade do vento,
onde eu nunca tivera a proteção necessária,
o cuidado de quem vela o sono.
O tudo tornando-se vazio
e minha delicadeza escorrendo no ralo
junto as lágrimas quentes
vindas no frio que chegou avassalador.
Das dores que vieram
esta tão perfurante,
zombando de meus valores e crenças
como se eu fosse só pó, fosse feita de feiuras tão humanas.
Em que momento, o erro de ser eu assim tão pura,
foi tão grande?
Por que a vida prepara tantos caminhos desertos,
e prova minha resistência dia à dia?
Amne
Imagem: O pranto de Nossa Senhora
Ilusão
1 de julho de 2009
Saco Cheio!
Ser mulher hoje não tá fácil!
Nossa, as vezes paro no final do dia para fazer uma breve avaliação do aconteceu desde o momento que abri meus olhos.
Cada vez que paro vejo como as coisas mudaram, me apavoro muito, afinal , o fato da inserção da mulher na sociedade, mercado de trabalho, igualdade de direitos e deveres, de algum modo nos está transformando em neuróticas hibridas.
Vou tentar explicar: outro dia, meio desiludida perguntei pra um amigo o que diferenciaria uma mulher comum de uma "pra casar", ele sorriu e disse:
Tudo.Procuramos mulheres legais, informadas e inteligentes, que se cuidem, sejam bonitas e boas mães.
Pensei no “tudo” dele, e por um momento fiquei com pena de nós, porque hoje fico “p” da vida quando vejo que nem mesmo reconhecemos nosso papel neste sistema tão distorcido, onde os valores perderam geral a noção. (dos próprios valores).
Calma, eu chego lá!
Temos mulheres trabalhando com o que odeiam, para comprar bolsas e sapatos, alisar os cabelos,enfim... matam um leão por dia apenas para satisfazer normas imbecis criadas por um mercado vulnerável e sem emoção.
Filhos que se criam sozinhos, homens que enxergam pedaços (aquela tem pernas; a outra bumbum, falando mais que ela).
Onde vamos parar?
Hoje, amar por exemplo está tão banalizado, que se você falar muito sobre isso ...desconfiarão de você!Acharão que suas intenções são outras!Vai entender...caráter e valores, só mesmo em mulheres "pra casar"...
Temos sim que buscar a independência e conhecimento como busca pessoal, mas daí a fazer arte marcial e trocar pneu com orgulho, já é demais.
Somos julgadas o tempo todo, como mães (quando nossos filhos erram), como profissionais (quando algo dá errado), como mulheres (se a barriga não está durinha o suficiente, ou se não temos as curvas da Juliana Paes)...pelo amor de Deus, somos humanas!
As vezes fico pensando como os homens devem sentir medo desta auto-suficiência, que ironicamente não os deixa abrir a porta do carro, ou ceder o agasalho quando faz frio.
Então,eles buscam bonecas infláveis( mercado que cresceu fortemente em 2008), pois são parecidas com a gente, insípidas , sem expressão, embora de uma emoção volúvel pagável.
Ah, to meio cansada! Dos homens, mas principalmente de nós.
Porque estamos cavando o buraco ao redor do pilar que sustenta tudo, nós somos quem formamos os homens que serão os maridos e pais do futuro...
Pensei em uma cena engraçada que vivi há alguns anos, meu filho batia insistentemente na porta do banheiro, era bem pequeno, eu havia depilado uma perna,já a outra...
Bom, ser mãe em tempos modernos, é ter perna depilada e perna não depilada, ser mulher em tempos modernos, é ler no banheiro enquanto escova os dentes, ou enquanto prepara a comida, é fazer musculação para trocar o pneu e usar cinta- liga de couro, para que os homens não prefiram bonecas infláveis.
Olha o que estamos criando pra gente, minha gente!
Acreditem no instinto que faz você diferente, apenas por ser quem é, seja a mulher "pra casar" do homem certo.
Não faça chapinha, plásticas no corpo, e cursos que não gosta, porque este cara apesar de tudo isso, vai comprar mesmo a boneca inflável, porque ela é muda e não chora.
Lágrimas e sorrisos também fazem parte de nós, como amor de verdade.
Eles acreditando ou não.
Já estou com meu "saco" (hoje,até isso temos) CHEIO!
Amne
Companhia
Assinar:
Postagens (Atom)