29 de junho de 2010
Desde ontem
Lírica.
Inquieta, inquietante.
Brinco com a vida,
Brinco de versos.
Louca!
Decorando paredes imaginárias
Me desculpe...
Mas prefiro minha loucura
à calma gélida dos demais...
Amne
26 de junho de 2010
Oceano
23 de junho de 2010
Quem inventou o amor, explica por favor...
Descobri que não sou moderninha.
Calma que já explico!
Hoje em um papo bom com uma amiga, aliás, esta semana inteira as palavras amor, paquera etc, rondaram os papos, parecem que existem épocas mais propícias pra isso...pois é!
Andei “rindo” muito, das pessoas, das situações ...e mais, das percepções que cercam este universo hoje.
Eu meio gasta, e fora do “mercado” tem um tempo, não tinha idéia de como a coisa hoje anda “descambada”...hehe...pois é!
Que medo...que engraçado...que pena...
Chega ser mesmo assustador o amor ou a falta dele. Esta coisa esquisita que chamam de relacionamentos hoje.
Escutei que existe até “sexo casual com todo respeito”...a gente escuta cada uma?!?
Tudo bem que hoje a liberdade é também a maior amarra, no campo incerto onde ninguém se joga por inteiro...coisa de hoje em dia.
É tanta a liberdade que a gente nem sabe o que fazer com ela, e se frustra!
Renato já escrevia destas coisas “esbrumelengas” que nos incomoda na barriga:
“Enquanto a vida vai e vem
Você procura achar alguém
Que um dia possa lhe dizer
-Quero ficar só com você
Quem inventou o amor? explica por favor... “
O amor hoje tá difícil, tem hora, email ...rede social.
Pobre é o amor.
Tem que ser belo, falar direitinho, nem defeito, nem desajeitos com os defeitos da gente...ninguém anda mais de mão dada, coisa mais esquisita que eu já vi. Tem que saber se comportar na frente dos amigos. Sem essa de espontaneidade pelo amor de Deus!!!
E pra amar hoje , nem precisa gostar este tantão todo não, um pouquinho e pronto.
Tem que ter a medida certa, e estar em dia com padrões.
Não pode ter mania, inha ou vinha! Tem que ter carro pro passeio ( hoje em dia, ninguém mais anda à pé...as pessoas estranham até o vento, coitado)...
Tem que ter gel, e falar pelo menos duas línguas.
Tem que ter cheiro caro e dia vazio.
Não pode ligar muito, mas se não liga ... bom, aí “esta moça não quer nada sério”.
É dum fingimento só, o amor de hoje em dia, é um tal de “ser de alguém”.
Ser? Eu preferia a época que a gente “era” de alguém...a modernidade brinca demais da conta com os verbos desta língua que vos fala.
É um tal de não mais se conversar...por isso gosto da chuva, é uma boa desculpa prum papo legal, sem TV, rádio ou novela.Pro cafuné em silêncio, quando se ama o silêncio mas de forma acompanhada.
Falta “combinação” pros carinhos, e carinhas e seus bicos!
Falta compromisso com a felicidade dos demais e com a nossa também.
Hoje é só uma noite, e mais um tantão de vazios pra se colecionar.
Que graça que tem, nem ser assim de alguém?
Pois é, chegamos na feliz frase apreciada por alguns “ Ninguém é de ninguém mesmo”, temos a maior solidão de todos os tempos.É pra se "penar" com mãozinha na testa de tamanha tristeza.
Mas quem aí que você conhece quer mesmo ser de alguém?
Pode ser perigoso, o ministério da brejeirice adverte.
O amor hoje não tem tempo. Não tem vento...nem pôr do sol.
Pobre do amor, que sofre um risco pleno de extinção.
As pessoas não amam as pessoas...elas competem entre si, dizendo-se perdidamente apaixonadas.
Mundo moderno, onde se compete até com quem se diz amar...
Acho que ando cafona demais, pensando em redes (mas nas de pano...), com fruta no pé e pé sem roupa.
...Ah, parece que não existe momento dentro do passado que vivo, que mostre esta solidão instantânea que se propaga no ar, quando conhecemos alguém hoje em dia ( mas só neste dia).
Sei lá, deve faltar versão 2.0 pro meu coração que é vagabundo e continua querendo guardar o mundo em mim...
Ando preferindo minha própria companhia à solidão acompanhada...
Devo ser mesmo esquisita.Dizem que não sou daqui.
Sou do tipo que escuta Noel...Que coleciona fita amarela gravada com o nome dela...Que não quer alma ensangüentada, nem choro nem vela...
Prefiro aquelas "bobices" tolas, como um bom e velho veneno no olhar de lado, com certezas de sorrisos promissores.
Aquele falar arrastado pra conversa durar um bocadinho mais!
Tenho um amigo que quase tem um derrame cada vez que o celular toca, ele pertence mesmo à namorada dele. Tenho uma vontade de rir, com graça e com pena.
Ao observar ele tremendo, explicando que o dia dele foi bom, e que foram ao todo 236 suspiros de amor...O amor pede satisfações!
Será que pra se amar é preciso tomar parte da vida de alguém?
É um tal de criar distancia.
Porque não se fazer parte junto?
Pena que tem coisas que só a vida ensina!
Penso que gosto do sotaque que o amor cria, a voz parece boa e deve ser assim todo dia.
Amor de verdade ao que parece , fora filmes, odisséias e poesias...deve ser este que encontrei ao chegar em casa hoje, e deparar com a gata com o cuca que é puro chiclete...ri sozinha do amor do tal menino, que só por hoje vai dormir perdoado.
Enquanto a pobre da gata cheira Tutti Frutti por uns dias...
Falta-me modernidade pra chipar a gata, ou o menino.Aprendendo que ninguém mais “junta” escova de dente.
Todo mundo acorda em sua própria casa nestes dias tão normais.
Coisa mais esquisita estes amores modernos, não é minha amiga?
Amne
20 de junho de 2010
19 de junho de 2010
Parapluie
Quantas vidas me serão necessárias
pra que eu converse com a felicidade?
Tenho contado o tempo.
Seguido cada lição (lentamente).
Suavemente volto passo à passo contando as pedrinhas do caminho
São caminhos tão cuidados,então me equilibro diariamente
Replanto as flores que teimam chorosas em crescer
São distancias sem medidas
Proporções infundadas
Delicadezas que fabriquei pro vazio
É claro que em meu ritmo,
aquele de quem nada sabe.
Não sei ... dizem estar tudo bem.
Mas meu mundo e seu giro contrário ainda me doem...
Sinto-me presa em alguma caixinha de música,
Girando solitária com meu guarda-chuva nas mãos!
Amne
Voar...
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí?
EU ADORO VOAR!
Clarice Lispector
18 de junho de 2010
Apesar de tudo
Tenho um gosto diferente...
Gosto dos emaranhados!
Aí fiz eu uma listinha tentando resgatar sensações.
Fechei meus olhos...
Aconteceu aí uma tremenda preparação.
Aquela coisa de sentir o sentido que passa todo dia por nós.
São momentos frágeis que forjam os gostos da gente:
Gosto tanto do barulho da chuva, aquele momento que a gente abre o olho no escuro da madrugada e chove...e aí é só voltar à dormir, pois o céu está sendo lavado. Parece que até o suspiro do sono sai mais molhado...
Gosto daquela ansiedade, daquele pedacinho de segundo, entre a boca e o brigadeiro.
Gosto mesmo é do calor do sol, quando a gente senta pra escutar o tempo... à tarde, logo após o almoço, num domingo... e “tudo parece que faz tempo” como diria aquele poeta que eu também tanto gosto.
Observar as pessoas também é muito bom, eu gosto de ver nelas suas manias, seus sonhos camuflados, quando elas mudam de assunto meio sem graças na tentativa de esconder quem sonharam ser.
Gosto de sentar feito índio, com uma pantufa surrada no pé e um copo de chá em uma das mãos, escutando música do tipo calma, pra divagar meus próprios sonhos e encobrir meus pesadelos.
Ai, eu gosto tanto de parecer paisagem... quando meu corpo reclama com minha alma esta movimentação aleatória na minha vida.
Gosto de conversar por horas assuntos trazidos no bolso de alguém, meio gente, meio corada...sem jeito quando por motivo barato repararam meu tom.
Gosto das curiosidades do dia, quando no chão tem caminho de caracol, mesmo eu sabendo que ele já passou faz tempo...
Prefiro os filmes antigos com amores utópicos o bastante pra nos tocar...
Me emociona a orquestra caipira, e aquela fusão original que bagunça com o íntimo da gente.
Eu sorrio por dentro quando alguém ao meu lado sorri de verdade, se enrrugando ao ponto de seus olhos não lembrarem de nada por instantes.Quase um instante inteiro!
O som do piano me acalma...mesmo quando abandonei as aulas...
O barulho do mar me faz bem, e aquele caminhar ligeiro das tartarugas bebês correndo pra vida. Na construção de suas histórias na água.
Eu quase escuto o pôr do sol todo dia...
O vento tem sua diferenciação notável ao carregar meus carinhos, mesmo que os destinatários mal saibam das delicadezas assopradas na ventania do vento passando por mim...
Gosto de bolo quente! Ele exala fumaça com cheiro bom...
Eu quase flutuo ao beijar as pálpebras pequenas que sonham coelhos de nuvens, e suas mãos gordinhas, finas e não acabadas de criança.
Me agrada os mais novos, muito mais novos, e aqueles que se opõem ao tempo, sempre se aprende com eles...e suas mãos já gastas.
As vezes parece o mundo ser tanta coisa pra se gostar...apesar de tudo!
Amne
Vazio
Frágil
Deixa pra lá!
Luto póstumo!
17 de junho de 2010
Dói doendo doente todo dia desde ontem
15 de junho de 2010
Pássaros noturnos
Tem dias que quando anoitece
Pássaros se recolhem mais cedo
Pra deixar a noite pra mim
Os pássaros sentem pena
Em especial as segundas-feiras
O novo do velho ser
Diante do olhar curioso
Mostrando esperanças maltrapilhas
Até similaridades cotidianas acabam dando as caras
Boa sensação pra um dia qualquer
Numa noite pontual
Em especial as segundas-feiras...aquelas...
Digna da pena dos pássaros.
Amne
14 de junho de 2010
Vou indo obrigada!
13 de junho de 2010
Ai ai
11 de junho de 2010
Na Estação
Leve,leve
Tal qual a semente de uma pluma
Gasta no tempo
Inebriada pela vida
Sigo cantando só
Pela estrada de girassóis atentos
E você não sabe se vai
Se fica
Nesta inquietação infantil
Neste teu momento de sorte
Nesta tua jornada interna
Talvez viver seja um misto
Esta coisa engasgativa
Meio gasta
Meio doida
e doída...
O espaço entre o pouco
Um tanto
E tudo aquilo que foi...
Amne
Rebeldia
10 de junho de 2010
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma...
Paciência
Composição: Lenine e Dudu Falcão
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não pára...
Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...
Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...
O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...
Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não...
Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não...
A vida não pára..
6 de junho de 2010
Bem longe
Andando numa confusão do íntimo
com a dor do caminho chorão.
Andamos filosofando o desconhecido.
Ter planos, não tê-los.
Aquele caminho que não quer seguir.
Correu demais que se cansou.
A volta pela estrada vazia
O fim do nosso começo.
Uma vontade contra o desapego,
da chuva daquela janela.
Mais uma tarde em maio,
mais uma vida em meio segundo de espera.
A sensação inexplicável do agora,
Brotando diante o esquecimento da alma.
A importância de se ter um quintal,
Onde se cultive vida.
Ninguém imagina...
o que guardo sob à pele.
É muito mais que um comer-me e beber-me
São coisas miúdas, que descansam num mar.
É um vôo que morre devagar como à tarde.
Somos nós achadouros de felicidade.
Amne
.
2 de junho de 2010
Dando o troco em balas
Chegue bem perto, mas não muito.
Esta deva ser alguma advertência pros inocentes.
Fique por perto, mas corra devagar...
Faça parte, mesmo indo embora.
Pois isto também faz parte.
Seja feliz, mas não divulgue.
Aliás, divulgue em doses bem pequenas.
Seja triste, de forma que só você saiba, mas nunca chore.
Aliás, chore as vezes, regue as plantas e tua alma.
Só não as encharque.
Desenhe mais sóis.
Decore as luas e a ordem das estrelas.
Se apaixone, mas bem pouquinho.
Paixão passa...
Não fique tão longe, embora sinta saudade.
Se envolva, e em cada detalhe.
Isto é bem importante.
Saiba se despedir, mas que sejam segundos apenas.
Jamais arranque alguém da memória.
(Há não ser que realmente não valha nem à memória!)
Viva pacientemente todos os dias.
E procure qualificar os detalhes, conforme as marcas deixadas por quem passou.
Quero apenas que saiba que ainda me lembro,
e continuo pedindo o meu "troco em balas".
Amne
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