28 de fevereiro de 2011

Because we are human


É impressionante como seguimos
Na vastidão do vazio
Olhos vazios, diante a imensa vida
Que tanto grita doida.
Sozinha...
e Corações derramados em lágrimas.
Pedaços.

Porque tudo não passa da mesma histórinha
Porque em geral nem o amor acredita no amor
Talvez valhamos pouco
E quando olharmos novamente...
Passado.

Because we are human
and mankind is weak...
Talvez.

10 de fevereiro de 2011

Sem choro nem vela!


Estes dias parei para me consolar num samba
Que meu avô cantou pra mim assim:
“Quando eu morrer não quero choro nem vela
Eu quero uma fita amarela gravada com nome dela...”
E pasmem,
Hoje em dia a gente pouco chora nossos mortos
Por não ter tempo, nem fita amarela, nem amor contido

Ele bem que me disse
Que não queria nem choro nem vela.
Então, em respeito ao morto
Conti meu choro em sua homenagem
Pois a vida passa num suspiro de tempo
E o que sobra são as sobras de algum samba antigo
Que alguém canta findando o dia...

Velhos objetos em uma casa velha vazia
De gente
De história
E de som.

Fico aqui fitando o que passou nesta nossa (minha e dele)
Falta de história conjunta
Pois até o tempo nos roubaram
Tem nada não ...

Tínhamos habilidades parecidas
Como aquele enlace com a solidão
Contávamos bem os dias vazios

É bem provável que dele herdei esperança
E um certo gosto por História
E carne com caldo de feijão, e só
Paçoca, e a revista que tem uma página amarela

Aprendi também...
Alqueires tem variação dependendo de onde ele mora
Pro requeijão dar certo, a gente põe gota de limão
Daquele mais cheiroso, sabe?
Que banho frio demais, refresca.
Não devemos deixar de comer o que a gente gosta nunca
Mesmo que alguém tenha mandado.

Doce de leite (mesmo diet) é doce!
Pra sair se põe chapéu quando a pele é branca demais
Pra evitar as sardas
E jornal é sagrado.

Que nunca devemos nos abrir com estranhos, nem aqueles “meio” conhecidos
Que felicidade deveria se chamar domingo,
pois domingo é dia de gente da gente

Nos roubaram o tempo
Nos mostramos entre nós dois
Chegamos até a dar as mãos...
Sem choro nem vela
Conto o último conto
Dentro de todo meu suspiro de adeus!

Te vendo entre flores, que nem combinavam assim com você
Pensei que maior conforto te daria um colchão de marshmallows
Parece que nunca entenderam de nós.
A minha alegria está em saber
Que um dia já me vi em alguém!

Sente na ponta mais alta da nuvem vô, assim te verei mais vezes...
Até outro dia!

Amne

7 de fevereiro de 2011

Descalço


Tem tardes
Que bonecos, carrinhos e aqueles sons das voltas que você dá pela Terra
Ou por todos os mundos que te pertencem
Enluaram meus dias

Enquanto danço pisando nos confetes decorados
Aquela decoração sem cor dos preços grudados no pacote
Daquilo eu trouxe pra nós
E aquela refeição bem no fim da tarde,
Onde a gente faz silêncio nos olhos

Talvez as pessoas saibam mais que nós, e nossa bagunça que tem cheiro
De doce ou salgado
Que decidimos arrumar bagunçando
enquanto enfeitamos os pratos com desenhos de palito

Porque você e esta tua sabedoria das manhãs
Só faz me ensinar a viver
Você com quem o sol aprende a brilhar
Você que dança e ri sem desconfiança
Descompasso ou despedida
Preconceito ... ou inconstância
Dança com aquela graça daqueles que sonham
Que acreditam na vida
Pelo simples fato de terem vivido menos
E tudo ser descoberta.

Sonho, ilusão
Fantasia
Barulho sem graça
Brinquedo que fala sozinho
Que fiz na intenção
De copiar teus olhos
Melhorando minhas gotas de vida...

Amne