7 de fevereiro de 2013

Jardim dos girassóis






Desperdício

Tenho me sentido tão só,
mesmo quando brindo borboletas "avoando" no quintal dos meus sonhos
Na paz que morava em mim em algum lugar da história
Porque digo tanto mais entre meus silêncios
Porque fico pasma com minhas absurdices
Ando muito exausta de tanta gente razoável e,
meu pobre peito choroso se calando
Porque hoje em dia ninguém mais é feliz de verdade
Na verdade é preciso satisfazer muita gente, menos nós mesmos
Eu não entendo.
Continuo colecionando folhas secas e lembranças de girassóis vívidos de orvalho
Daquela cortina que dançava na minha janela e,
cantava lindo, feito um passarinho...
Era bonito de sentir
Antes de ontem voltei a conversar com mosquitos
desperdiçando o tempo deles
Ando me aprimorando na simplicidade de ser solidão!

Amne Faria
07/02/2013

1 de fevereiro de 2013

Doce

Lembrei de uma frase do Carpinejar, onde ele afirmou: Quem ama não economiza! E acredito que exista uma coragem ímpar em não se economizar. Vivo fora dos meus limites, expresso até o desnecessário, muito do desnecessário. Não procuro mais entendimentos, procuro colo e cafuné. Ando muito favorável à abraços demorados, aqueles com cheiro, sorrisos e até dor. Cansei de me proteger em meus abrigos antiaéreos. Ando bem querendo intimidade declarada, como não se render às mãos dadas ao final do dia? Hoje em dia tudo é invariavelmente quase calado, tem silêncio e abismo sobrando. Quero gritos risonhos na madrugada dos meus dias. Eu sei. Devo estar fora de mim, pois pretender amar é se unir à loucura, abrir as portas para um desespero doce. Sacrificando boa parte da minha racionalidade, meu brio e a frieza das decisões. A maior falta de convicção naquilo que você era há meio minuto atrás. Aprendendo a dar vexames em nome de um único beijo na orelha direita. Sendo repetitiva nas carícias e nas propostas de amor. Arrematando cada suspiro carbônico. Enquanto o tempo passa e a minha mania de gerar menino e flores que crescem. Quem sabe assim me torno a mais bela e o amor de minha vida me encontre por aí num apelo de alma. Quem sabe...Não é? Amne Faria