7 de outubro de 2008

Obra Nestor Lampros


Contra mão!

Talvez minha urgência tenha sido muita
Meus planos ficaram mesmo planos, e parei de voar
Levantei no escuro da noite em minha vida
Agarrando-me as migalhas que vieram no vento
Talvez tenha sido imortal naquele momento em que minha
Alma e coração congelaram-se
Continuo o caminho de pedras tentando voltar ao começo
Aquela infância ... que ninguém saiba, mas nunca existiu
falaram que ando adulta em demasia
Porque passei dias gritando com tanta força
Que me desfiz na brisa
Para você mandei ternura
Por aqui não sobrou nada
Indiferente do agora
Ando numa ira muito particular
Que tenho degustado com meus pães cheios de esperança
Mas ninguém percebeu porque meu sorriso recobre cada
Lágrima fujona
Cativando o vazio que ficou
Ando eu e o vento um com pena do outro
Tem me irritado muito
Aparições e desarmonia com os fatos
Ando em linha contrária aquilo que mantenho sob julgamento
Cativando silêncio que me namora
Ando sentindo tanto
Provavelmente deixei de ser humana
Odeio sua lembrança... dia
Odeio sua fuga... noite
Odeio ser sua... vida!

Amne

4 de outubro de 2008


Viver – uma emoção no tédio!