29 de abril de 2012

Reverência ao destino – Carlos Drummond de Andrade


Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.
Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.
Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.
Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.
Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.
Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confiança no que diz.
Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer. Ou ter coragem pra fazer.
Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende. E é assim que perdemos pessoas especiais.
Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.
Difícil é mentir para o nosso coração.
Fácil é ver o que queremos enxergar.
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto. Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.
Fácil é dizer “oi” ou “como vai?”
Difícil é dizer “adeus”. Principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas…
Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida. Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.
Difícil é amar completamente só. Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar. E aprender a dar valor somente a quem te ama.
Fácil é ouvir a música que toca.
Difícil é ouvir a sua consciência. Acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.

Fácil é ditar regras.
Difícil é seguí-las. Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.
Fácil é perguntar o que deseja saber.
Difícil é estar preparado para escutar esta resposta. Ou querer entender a resposta.
Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.
Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.
Fácil é dar um beijo.
Difícil é entregar a alma. Sinceramente, por inteiro.

Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.
Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.

Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.
Difícil é ocupar o coração de alguém. Saber que se é realmente amado.
Fácil é sonhar todas as noites.Difícil é lutar por um sonho.
Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata.

Carlos Drummond de Andrade

Life is short


As vezes a normalidade me parece algo tão duro, já outras uma grande necessidade.
As vezes me olho na incerteza de me ver, tantos são os questionamentos e dúvidas que me percorrem. Numa fúria de uma tempestade natural...
Tenho todas as certezas do mundo, e todos os medos também.
Tenho todas as dúvidas do mundo, mais essa minha mania de mudar...
Já fui bem mais profunda!
Talvez eu nunca chegue à ser tudo o que eu sempre quis.
Talvez, algum dia me sinta maior. Não agora...
Pois a vida segue por rios que eu simplesmente desconheço, e então, deixo-a me guiar.
Sem tantas expectativas e anseios. Deixo-a me guiar...
Algumas feridas arderão para sempre, enquanto outras, enfim, se fecharam.
Não me preocupo mais em achar o que perdi na estrada.
Joguei fora muitos utensílios gastos.
E não quero mais encontrar o que perdi, passei muito tempo procurando.
Me cansei.
Apenas não quero mais encontrar o que perdi, passei muito tempo procurando.
Mesmo diante as peculiaridades, quero viver. A vida é curta demais.
É difícil demais perceber-se assim...Tão normal. Mas também é importantíssimo para nos aquietar no equilíbrio.

Amne

24 de abril de 2012

Nem só de poesia se vive



Tô amando este negócio de cheirinhos.
Então, fui buscar o floral do meu filhote e me encantei com um óleo essencial (purinho da Silllllva e de verdade ...nada da China hahahah)...
É de "Lemonnglass" (vulgo capim santo, capim cidreira, capim limão) daí tive a feliz ideia de colocar 4 gotinhas na água do balde, para limpar a casa.
Fácil de achar em lojas especializadas, várias marcas e vários preços também.
Genteeeeee, que belezura, que batutinha.
A minha casa tá cheirando chazinho...Suave, suave...
Uma delícia!

"Lemonnglass" - Bom para: a concentração e a criatividade. Combate tensões mentais, dores de cabeça e enxaquecas. É o óleo do trabalho e da motivação, traz clareza mental, estimula a criatividade, a memória e a concentração e aumenta a velocidade de raciocínio.

Fica a Dica!
*Comprar óleos essenciais para limpar a casa.*

Legal, né?
Amne

Já diria a nossa Clarice Lispector:
"Que ninguém se engane: só se consegue a simplicidade através de muito trabalho."

23 de abril de 2012

Palmas para esta frase GENIAL

Quem pede a palavra nem sempre a devolve em condições.
Max Nunes

Toda a beleza da observação do silêncio

 

"O grande segredo da vida,
se dá quando paramos para observar e escutar os silêncios.
De repente olhamos para os lados,
e enxergamos quem realmente vale à pena.
Aí torcemos, misturamos e jogamos fora os restos.
Então, eternizamos aqueles que amamos.
Esses sim, serão.
E serão, para sempre!"
Amne

20 de abril de 2012

Sou também, Cora

"Goiás, minha cidade…
Eu sou aquela amorosa de tuas ruas estreitas,
curtas,indecisas,entrando,saindo uma das outras.
Eu sou aquela menina feia...

Eu sou aquela mulher
que ficou velha,
esquecida,
nos teus larguinhos e nos teus becos tristes,
contando estórias,fazendo adivinhação.

Cantando teu passado.
Cantando teu futuro.
Eu vivo nas tuas igrejas e sobrados e telhados e paredes.
Minha vida,
meus sentidos,
minha estética,
todas as vibrações
de minha sensibilidade de mulher,têm, aqui, suas raízes..."

Cora Coralina

12 de abril de 2012

Opino


Depois do dia,
me peguei aqui pensando:
Adoro o cheiro de roupa limpa
Adoro o cheiro de casa limpa
Adoro o cheiro de "GENTE" limpa.

Amne

Amedeo Modigliani




”Quando conhecer sua alma pintarei seus olhos”.
Amedeo Modigliani













...
Aos fãs de Amedeo Modigliani, como euzinha, preparem-se.
A exposição "Modigliani: imagens de uma vida", em cartaz no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, chega ao MASP na segunda quinzena de maio.
Não dá para perder!

10 de abril de 2012

Acromasia


Hoje minha esperança está pálida.
Amne

Tô com saudade do TOM!!!

Para sorrir



"E esta ternura, meu Deus, esta minha ternura inútil, desaproveitada."
Mario Quintana

8 de abril de 2012

Ironia prática





É exatamente assim
Tenho me tornado tudo isso que sou, e em tão pouco tempo...
Caminho transgredindo sugestivas profecias dogmáticas.
Sequer olho para as marcas deixadas ao caminhar.
Tudo vem chegando na mansidão de uma vida  voraz.
Uma Ironia prática. Dolorida...

Amne


Male



É impressionante a capacidade humana de complicar as coisas.
Tem dias que ainda me assusto. Sim, ainda.
Quantas vezes terei que repetir: "Este não é caminho, oh Deus!"
Mas, é aquele negócio, nem tudo que é justo, acontece. Vá entender...
Justiça, virou algum tipo de “meme” sem cabimento, ou me engano?
Está perdendo campo e valor.
Despropositadamente a coisa está toda ao contrário. Temos manifestações humanistas virais!?
O lema mudou de: "salve-se quem puder", para: "salve seu rabo custe o que custar".
Tem situação que não tem conserto, tem situação desnecessária demais.
Tem cada uma.
Estes dias mesmo, resmunguei alto :
“Ninguém se preocupa com ninguém.”
E meu sábio filho, diante sua notória agudeza, trazida ao longo dos seus 8 anos, respondeu:
- É mãe, isso aqui virou Terra de ninguém!
“Ri” alto, diante tamanha incongruência entre fala e orador. Mas, é bem verdade, que isso aqui é mesmo Terra de Ninguém! Onde ninguém mais tem olhos, ninguém mais vê o outro.
Cegueira doentia.
É um desrespeito profundo e absoluto. Algo que ensinamos aos filhos, no trânsito, nas filas do banco, ao ocupar a vaga errada do estacionamento...
Sei lá.
Hoje me baixou uma tristeza, em especial pela última semana.
Vi tanta gente fazendo tanta coisa boa, numa intensidade comemorativa, uma campanha pelo BEM. Mas também tive o desprazer de me deparar com a pequeneza da raça.
Dá uma vontadezinha de correr.
De jogar a toalha.
De dizer: É isso aí, vocês venceram. Sejamos, então, todos diminutos!
Como ensinar respeito diante o desrespeito?
Como ensinar amor diante o desamor?
Como ensinar força, diante tamanha fraqueza...
Ah, nem quero mais entender nada.
Pessoas e suas loucuras individuais, sociais, patológicas...Psicossomáticasneurais, rs. É um tal de complicar a vida!
Tudo tende sempre à simplicidade. É mesmo uma pena, mas faltam olhares. Percepções aguçadas sobre a simplicidade da paz.
E tenho dito: Falta de paz enfraquece o coração e a alma.
Ao amor persevera a vida, em contra partida, não tem força no mundo que sobreviva ao desamor.
Hoje eu estou assim, meu cheia do saco cheio.
Desculpem-me, mas advirto:
Deve durar um pouquinho mais esta minha completa impaciência com a humanidade.
Amne

arte. Anton Semenov

5 de abril de 2012

Espelho espelho Meu



Quero sempre o vôo mais alto, a vista mais bonita, o beijo mais doce.
Tenho um coração que quase me engole, uma força que nunca me deixa e uma rebeldia que às vezes me cega.
Tenho um jeito de viver selvagem, mas sou mansa com quem merecer.
Não gosto de café morno, de conversa mole, nem de noite sem estrela.
Sou bem mais feliz que triste, mas às vezes fico distante.
E me perco em mim como se não houvesse começo nem fim nessa coisa de pensar e achar explicação pra vida.
Explicação mesmo, eu sei: não há. E me agarro no meu sentir porque, no fundo, só meu coração sabe.
E esse mesmo coração que me guia e não quer grades nem cobranças, às vezes me deixa sem rumo, com uma interrogação bem no meio da frase: O que eu quero mesmo?
Por isso, eu te peço (de um jeito meio sem-vergonha, que é assim que costumo ser):
se eu gostar de você, tenha a gentileza de não me deixar tão solta.
Não me pergunte aonde vou, mas me peça pra voltar. Sou fácil de ler, mas não tente descobrir porque o mesmo refrão insiste em tocar tanto.
Se eu gostar de você, tenha a delicadeza de também gostar de mim.
E me deixe ser, assim, exatamente como eu sou.
Meio gata, meio gente. Desconfiada. E independente.
E adoradora de todos os luxos e lixos do mundo.
Quer me prender? Nem tente.
Quer me adorar? A escolha é sua, vá em frente!
(Fernanda Mello)