1 de fevereiro de 2013
Doce
Lembrei de uma frase do Carpinejar, onde ele afirmou: Quem ama não economiza! E acredito que exista uma coragem ímpar em não se economizar.
Vivo fora dos meus limites, expresso até o desnecessário, muito do desnecessário. Não procuro mais entendimentos, procuro colo e cafuné. Ando muito favorável à abraços demorados, aqueles com cheiro, sorrisos e até dor. Cansei de me proteger em meus abrigos antiaéreos.
Ando bem querendo intimidade declarada, como não se render às mãos dadas ao final do dia? Hoje em dia tudo é invariavelmente quase calado, tem silêncio e abismo sobrando. Quero gritos risonhos na madrugada dos meus dias. Eu sei. Devo estar fora de mim, pois pretender amar é se unir à loucura, abrir as portas para um desespero doce. Sacrificando boa parte da minha racionalidade, meu brio e a frieza das decisões. A maior falta de convicção naquilo que você era há meio minuto atrás.
Aprendendo a dar vexames em nome de um único beijo na orelha direita. Sendo repetitiva nas carícias e nas propostas de amor. Arrematando cada suspiro carbônico. Enquanto o tempo passa e a minha mania de gerar menino e flores que crescem. Quem sabe assim me torno a mais bela e o amor de minha vida me encontre por aí num apelo de alma.
Quem sabe...Não é?
Amne Faria
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
quem sabe?
o silêncio nem sempre é quieto,
às vezes grita.
o silêncio nem sempre é certo,
nem sempre é romantismo,
mas sempre é guarita,
Sempre é abismo.
Postar um comentário