10 de abril de 2013

Sobre o ar

Eu tenho a impressão que amar é fazer uma síntese dos nossos pormenores.
É um tal de fazer análises profundas sobre as expressões do amanhã.
O mais difícil é que a gente analisa, analisa e analisa. 
E acaba adormecendo sem respostas, sem céu, sem pecados e trovas.
Continuando minha pequena fabriqueta de inúteis dúvidas.
Eu fiz amanheceres com todas as águas que guardei através desses dias.
Concebendo meus poeminhas castos,
livres dos meus próprios pecados...
A verdade é que tenho marcas demais. 
Minhas cicatrizes gritam.
Exigindo o sublime barulhinho dos passarinhos, e nada mais.
Sempre gostei mais das coisas mais simples do mundo.
Certa vez já escrevi sobre  essas coisas esbrumelengas,
que me partem em mil fatias
E desse jeitinho, sem tirar nem pôr
Como eu já disse antes:
Pobre do amor.
Que sangra sem curativo.
E que diante dos fatos, não vê motivo para continuar.
Que hoje busca uma gaveta vazia, para se guardar
durante o tempo que vier...
Empoeirando meu coração,
enquanto as folhas que escrevo se amarelam...
Amne



Um comentário:

Marcos disse...

Pobre da gente,
Porque quando não se espera
O amor aparece e nos desintegra.