Eu tenho a impressão que amar é fazer uma síntese dos nossos
pormenores.
É um tal de fazer análises profundas sobre as expressões do amanhã.
O mais difícil é que a gente analisa, analisa e analisa.
E acaba adormecendo sem respostas, sem céu, sem pecados e trovas.
E acaba adormecendo sem respostas, sem céu, sem pecados e trovas.
Continuando minha pequena fabriqueta de inúteis dúvidas.
Eu fiz amanheceres com todas as águas que guardei através desses dias.
Concebendo meus poeminhas castos,
livres dos meus próprios pecados...
A verdade é que tenho marcas demais.
Minhas cicatrizes gritam.
Minhas cicatrizes gritam.
Exigindo o sublime barulhinho dos passarinhos, e nada mais.
Sempre gostei mais das coisas mais simples do mundo.
Certa vez já escrevi sobre essas
coisas esbrumelengas,
que me partem em mil fatias
que me partem em mil fatias
E desse jeitinho, sem tirar nem pôr
Como eu já disse antes:
Pobre do amor.
Que sangra sem curativo.
E que diante dos fatos, não vê motivo para continuar.
Que hoje busca uma gaveta vazia, para se guardar
durante o tempo que vier...
Empoeirando meu coração,
enquanto as folhas que escrevo se amarelam...
Amne
Que hoje busca uma gaveta vazia, para se guardar
durante o tempo que vier...
Empoeirando meu coração,
enquanto as folhas que escrevo se amarelam...
Amne
Um comentário:
Pobre da gente,
Porque quando não se espera
O amor aparece e nos desintegra.
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