6 de junho de 2010

Bem longe


Andando numa confusão do íntimo
com a dor do caminho chorão.
Andamos filosofando o desconhecido.
Ter planos, não tê-los.
Aquele caminho que não quer seguir.
Correu demais que se cansou.
A volta pela estrada vazia
O fim do nosso começo.
Uma vontade contra o desapego,
da chuva daquela janela.

Mais uma tarde em maio,
mais uma vida em meio segundo de espera.
A sensação inexplicável do agora,
Brotando diante o esquecimento da alma.
A importância de se ter um quintal,
Onde se cultive vida.
Ninguém imagina...
o que guardo sob à pele.
É muito mais que um comer-me e beber-me
São coisas miúdas, que descansam num mar.
É um vôo que morre devagar como à tarde.

Somos nós achadouros de felicidade.
Amne

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