30 de maio de 2011

A menina que passa


As marcas nos seus olhos tristonhos
O colorido de suas asas
a flutuar sonhos e poeira

Numa fantasia faceira
Num último suspiro de vida
Cunhada na terra vermelha
No barro
Na simplicidade da arte
Na delicadeza da aurora
No tempo que não veio

Aquilo que um dia belo dançava entre as flores
Aplacando suas maiores dores
Seus lençóis
Sua sina de menina
Sua coleção de tempestades
De pedras e punhais
De véus acetinados
Da espera tranqüila de quem passa
De quem virá e de quem veio

Triste sina
Dos seus olhos tristes
Da fantasia faceira
De um sonho amanhecido
O Pó.

Amne

4 comentários:

thati disse...

Lindo... amei de verdade!
Beijocas...

Camila Clein disse...

Belo Poeema
Parabens!

thati disse...

Mais um selinho para vc no Engenheiras Enroladas! Passa lá para ver!
Beijocas

Rodrigo Bentancurt disse...

Tu sabias que sou teu fã, né, poetinha?