23 de setembro de 2008

Borboletas que aparecem


Escute o vazio

Pare por um segundo e
escute nosso silêncio
Feito de nossas expectativas
com esta vida pequena
Traga um pouco de mim para seu mundo incolor
Porque ficou tão claro, e até para o céu,depois que nos vimos
Como da última vez que a borboleta se deitou em minhas costas
...todos riam de minha capacidade de atrair borboletas!
Os dias foram pesados, principalmente com estas notícias que chegaram
Meus pés custam a sair do chão
Ando tão só
Mas falaram que tudo se modifica
Então acabei me agarrando nas esperanças alheias
Ando por aqui a tecer linhas embaixo do cobertor
Que tem sido meu único escudo
Minha única proteção
Aí fico a vagar ... eu e minhas prosopopéias
Nunca pensei que seria capaz de sentir falta de algo que sequer existe
Preciso dormir um pouco.
Ajeitar os olhos, para arrumar as coisas na cabeça
E todos estes sentidos
Afinal o que é certo? Me diga então!
Tudo cheio de objeções,
A vida numa complicação bem adulta
E eu com este coração de criança

Amne

Um comentário:

Marcos disse...

o que não existe é o que mais nos deixa obcecados!