9 de setembro de 2008

Inocência

Talvez esta noite eu durma nos braços de algum anjo
Que desça até aqui, para que o conforto saia do vazio
Quem sabe só por hoje a paz me encontre
Porque as lágrimas deram para multiplicar-se no escuro
Tudo o que realmente almejo
Corre entre meus dedos, nesta loucura que é a vida
Parece que sempre tomo para mim o que se sente aí fora
Mas com meus baús cheios de lembranças se acumulando
pela casa , tenho corrido imóvel enquanto a raiva não passa
Sinto o calor das lágrimas aquecendo meus olhares
Sinto que o que falaram de minha inocência semana passada
Talvez esteja mesmo a me prejudicar
Preciso mudar.
Só ainda não sei como...
Porque não acredito que se mude a essência de alguém
O que nos cabe é abdicar dos defeitos
Mas nunca , nunca a essência
Olho para este céu teimando em virar paisagem na minha cabeça
Quando percebo já estou levitando sobre as paredes da casa
Sopro as flores do caminho, que balançam alegres.
Continuo só...


Amne

Um comentário:

Marcos disse...

A essência não muda.
Tudo o mais pode mudar.
O essencial fica.
E o essencial é o bem.