24 de janeiro de 2010

Nova impressão pra vida


A miséria de um homem
Na artéria da vida
Me incomoda, me irrita
Como os últimos mil anos
Que vivi ontem.

A vida descompasso, com os passos que passaram
A sensação fria da areia que alcança meu pescoço.
Da falta!
Do tédio!
Da solidão!

Daquilo que acabou com o meu “descabelado” natural
Quebrando o pau com o espelho, e a minha própria loucura
Cheia da genuína raiva que andei fabricando
Entre lágrimas ácidas e olhos vendados

Não quero mais ventos...
...anseio tempestades!
Não mais as luas ensolaradas...
...prefiro o calor dos vulcões!
Não mais as portas e janelas...
...quero passos na estrada!
Quero a ira da fé!
E chuvas gélidas pra banhar-me ao amanhecer...
Chega desta miséria que constitui almas.
Eu não aguento mais.
Não quero mais pensar
...quero apenas dormir hoje
e um dia acordar...

Eu preciso de mais loucura
Eu preciso de mais teatros no meio da rua
Eu preciso de silêncio no vento
Eu preciso de um bloco em branco
Eu preciso escrever música ...e cantar.
Eu preciso viver, e chorar só de alegria.
Eu quero me assustar mais vezes.

Estou indo embora de mim mesma
E é pra sempre!
Estou com saudade das coisas imperfeitas e sua indivisível perfeição!
Estou reconhecendo quem já fui...
Adeus!

Amne

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