12 de julho de 2010

Devir



Eu queria ter muitas vidas
Um punhado de areia nos bolsos
Eu queria que todos por instantes
conseguissem poetizar a vida
Nesta experimentação quase abstrata e utópica
dos sonhadores...


Eu queria matar lembranças com meus suspiros
numa resignação que o tempo leva
Como aquelas bandeirinhas que enfeitavam a praça
nos dias de sol


Poderia querer finais
Mas ainda anseio começos
Não tenho forças nos braços
pra calar o que sou e o que sinto.
Não sei disfarçar muito bem...

Amne

Um comentário:

Marcos disse...

a gente tenta matar lembranças
e isso nos leva a novas experiências
que se tornam novas lembranças mais tarde.
não dá pra escapar dessa incoerência.