29 de dezembro de 2009

O fim do caminho


Sou o que sobrou do mundo no dia em que nasci
E fico aqui avaliando as tempestades que
se fazem no silêncio dos meus pensamentos solitários
Ouso pensar ainda que as faces da morte
Transmitem mais força que à própria vontade da vida
Quantas vezes errar o mesmo erro no espelho e chorar
Lágrimas que ninguém vê?
Queria um sol particular
Deste que se guarda no bolso
Queria uma lua no meu dia
Que curasse de vez feridas que não se calam
Sendo mais do que sou
Não apenas aquilo que me transformam
Anseio amanhãs deitada , escondida
Por uma manta fina de algodão...
e uma crosta grossa de feridas revolvidas
Por uma vida inteira
As escolhas não mais me pertencem
O caminho fechado,
com um tipo de capim doloroso
Não se abre pra “fraqueza” dos meus pequenos braços sem vontade.
Amne

2 comentários:

Rodrigo Bentancurt disse...

Que lindo, Poetinha.
As escolhas nunca nos pertencem mesmo, apenas a ilusão de termo-las!

Marcos disse...

dói, né?