16 de julho de 2009

Outro dia fabriquei uma Gravura


Terminei antes, ele ali entretido com um pedaço de doce de leite de corte que eu trouxe, dei um gole no suco ...a gente se olhou, é como se nossos olhos transmitissem palavras, ele soltou um “Aiiii mãe” sorrindo.
Continuei ali meio perplexa com a natureza, os dedinhos ainda lisinhos (bons de carinhar),vendo que todo dia ele nasce um novo ser.
As vezes sinto medo, mas descobri que ele está se tornando uma agradável gravura.
Ainda não sabe relaxar quando analisado, também pudera ainda é meio anjo, meio gente.
Parece que sente demais, aí finge que sente de menos.
“Ai filho, morri de saudade de você nos últimos dias."
Mãeeeee (abraçando minha face), não precisava era só levar um desenho meu.”
Ele sabe o que falar, e até como sentir as “amenitudes” que eu tenho esquecido.
Ali na mesa após o almoço,ele questionava se jornal era real ou fantasia, recolhi os pratos com o riso parado num canto do meu dia.
“É real filho”... “Nossa mamãe, então tudo é de verdade?”
Ele tá crescendo, e eu não!
Eu ando maravilhada porque é um pedaço meu, que nem meu mais é, ali concentrado em descobrir vida.
O “aiiii mãe” de hoje, é algo que denota meu olhar fixo nele , enquanto se transforma.
Eu não quero perder nem um segundo, se eu conseguisse passaria as noites fotografando seu sono.
Ali no silêncio do doce e do suco, o que eu não contei pra ele, é que eu naquele exato momento o sentia em meu ventre...por isso, chorei uma única lágrima enquanto sorria pros pratos na pia!
Amne

Obra:
Pierre Auguste Renoir

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