12 de novembro de 2009

Histórias que contam


Fui subtraída
Enfim se vivia o grande amor
O que sabe desta vida?
Senão desiludida
Deixei os sonhos
Os véus e as flores
Enfim se vivia o grande amor
Onde tudo que eu guardei foi fé
Substitui coração por pedra
Súbita alegria fria

O que vem depois ninguém sabe
Até o pranto se calou
O tempo tanto entristeceu
Que hoje sorri no meu canto
Há de possuir tanta coisa no restante

Componho paixão pela loucura
E ternura que distribuo ao sorrir
Esta minha infinita capacidade de mover as nuvens inertes me olhando
O restante deve ser eu,deve ter eu...pormenores tão meus
Vagando num súbito e contemporâneo dia

Tão desnecessária sempre fui
Enfim se vivia o grande amor
Nos amanhãs de toda a história que passou calada em minha memória
E em obra...em versos ...em prosa...
Nos sonhos do ficar acordada
E nas fantasias mansas
De um domingo aí na frente.
Enfim o que se guarda de um amor?
Senão amor...senão amor...

Poesia a gente só compreende
Quando sente .
Um poema duro nada vale para quem não toma as palavras pra si...
Enfim se vivia o amor.
Que é feito de um,
mais umas asas e uma flor.

Amne

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