
Sigo minha construção
feita com pedrinhas da rua
pedaços de calçadas
poeiras que riscavam meu olhar
Sigo minha construção
Com fome de vida
Com fonte de sonhos
Com sombras de mão na parede
Com saudade
Sigo minha construção
decorando com véus as frontes
Com perfumes naturalmente meus
Com força camuflada em dor
Levando os tijolos que se partiram
colando as bases
unindo pessoas.
Amne
Obra. "Operários"
Tarsila do Amaral
1933
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