5 de setembro de 2009

Boemia


Nasci do escuro da barriga, pro clarão desta vida.
Às coisas, pessoas pequenas dedico desprezo...
Se um dia pedir para que corte minhas asas
aproveite e jogue terra sobre minha face abaixo do chão.

O dia que eu não puder brindar
aos amigos e à minha poesia
me mate.
...destrua minha alma, guarde meu coração num baú...

O dia que eu tiver que caber apenas no teu olhar,
então não serei mais tua...
O dia que meu riso só for pranto
deixarei de ser quem sou.

Aposto que a agonia que proponho
é feita de vida,
tinta colorida,
sorriso de menina moleca, atenta apenas ao que realmente importa.

Quem tentou me guardar perdeu.
Quem tentou me ofuscar...parti.
e não costumo olhar para trás ao atravessar as ruas da vida...
Quem tentar baixar meu tom, bom, recomendo que pise na coluna, para conter os movimentos que certamente farei bravamente.

Tenha medo do meu tamanho
porque nunca morrerei nas lembranças.

Com calos gastos
ainda assim estarei dançando
dança que sonha intensidades
dos meus olhares...
Que serão eternos.


Pego as trouxas
uma panela velha
as folhas já escritas
alguma boemia minha,
ponho um anjo no bolso
e construo uma casa no morro...
Amne

Um comentário:

Eduardo Gottgtroy disse...

Ei Zé... Esse feriado, passei com pessoas que eu amo assim... ABSURDARMENTE.... E uma delas que chamo e mãe, me ensinou uma coisa... Não importa o que aconteça em sua vida, quem esteja do seu lado... SORRIA... Não é porque te dão tapa na cara que você vai abaixar ela e aceitar... Sorria... A vida aqui é muito curta, então não perca nenhum minuto sem um sorriso no rosto....

Lindo o texto... gostei muito... beijão e te amo (amiga, assim posso chamr e você pode ser né?)