8 de setembro de 2009

Travessia


O vazio que sinto no peito
Não diminui meu tamanho
Tão pouco o tamanho da estrada
Passo com passo
em rumo à saudade se esvai.

Buscando cura pra doença sem remédio
Tudo que tenho feito é crescer
Regando a inspiração
e o tamanho da alma.

Nos dias que sinto frio
faço vinganças num papel
depois com ele dobradura colorida
Me esqueço, sou distraída.
Quando vejo,
estou fotografando flores...

Possuo minúsculas mãos para matar
que no máximo carinham vagarosamente...
Porque nosso instindo,
acaba por perder pra essência...nem adianta tentar.
Quando se foi feito pra amar
no máximo matará a própria lembrança.

Então, invento luz
invento caos...
invento vida, na terra árida
da secura tão naturalmente humana.

Quem me segue, leva o que busco.


Amne

6 comentários:

Rodrigo Bentancurt disse...

Nossa!
A melhor que li até o momento. Lembrei-me muito de Cecília Meireles. A impotência do ser diante do mundo. Inexoravelmente bela!

εϊз Anne Cris εϊз disse...

Gostei muito dessa! Tenho acompanhado o blog, mas tive que comentar nesse post, está muito bom! Parabéns!

cacá disse...

se superou agora hen...maravilhoso esse texto, bjooooo

Unknown disse...

em busca da essência o enigma:

"Quem me segue, leva o que busco."

Unknown disse...

Você faz a gente viajar nas suas palavras. Não sei dizer se há otimismo ou pessimismo em suas linhas, mas arrisco dizer que há um pouco dos dois.
Lindo!

Unknown disse...

"somente quem carrega o caos dentro de sí pode dar origem á uma estela bailarina" (Nieztche)